ERA ASSIM NA ÉPOCA DO MERDOCK
Decorria, no Liceu de Faro, o ano lectivo 1957/58.
Assistíamos a uma aula de Ciências Naturais, concretamente, Botânica.
Devo esclarecer que, naquela época, a disciplina de Ciências Naturais era composta por Mineralogia, Zoologia e Botânica.
Por ordem da "stôra", cada aluna era portadora de um exemplar de uma planta, flor ou afim, para ser estudada na prática, tendo por base o que já havia sido dado em teoria.
De entre algumas das amostras do reino vegetal que foram apresentadas, uma despertou a minha atenção pelo que, com natural espontaneidade, disse à colega mais próxima: "Olha esta, que gira..."
Decorria, no Liceu de Faro, o ano lectivo 1957/58.
Assistíamos a uma aula de Ciências Naturais, concretamente, Botânica.
Devo esclarecer que, naquela época, a disciplina de Ciências Naturais era composta por Mineralogia, Zoologia e Botânica.
Por ordem da "stôra", cada aluna era portadora de um exemplar de uma planta, flor ou afim, para ser estudada na prática, tendo por base o que já havia sido dado em teoria.
De entre algumas das amostras do reino vegetal que foram apresentadas, uma despertou a minha atenção pelo que, com natural espontaneidade, disse à colega mais próxima: "Olha esta, que gira..."
Nesse momento fui interpelada pela "sotora", de forma abrupta:
“Menina, GIRA é linguagem de garoto da rua” e, mantendo um ar quase escandalizado, acrescentou em tom austero e repressivo:
"Na próxima aula vai trazer a seguinte frase, escrita 50 vezes"
- Não se diz gira, porque é linguagem de garoto da rua.
Acrescentou ainda "qui scribit, bis legit", que logo traduziu como "quem escreve, lê duas vezes" (primeiro no pensamento, depois no papel).
“Menina, GIRA é linguagem de garoto da rua” e, mantendo um ar quase escandalizado, acrescentou em tom austero e repressivo:
"Na próxima aula vai trazer a seguinte frase, escrita 50 vezes"
- Não se diz gira, porque é linguagem de garoto da rua.
Acrescentou ainda "qui scribit, bis legit", que logo traduziu como "quem escreve, lê duas vezes" (primeiro no pensamento, depois no papel).
Não gostei da "forma" mas, nunca mais me esqueci do "conteúdo" desta frase (que ensinei aos meus filhos e vou repetir à minha neta)
Zézinha Passiva (de Loulé)
Zézinha Passiva (de Loulé)
3 comentários:
raio do cão... queria morder-me.
Sabe, amigo Francisco, o cão não morde porque é um perdigueiro!
Mesmo assim, os paspalhões da Câmara de Faro, em 1954, obrigaram-no a andar com um açaime. Mas daqui a uns tempos, nestte blog, vai perceber porquê.
Não sei se o cão é perdigueiro, se é rafeiro
ou se tu é que és um galgueiro...
Enviar um comentário