A saga do Merdock foi um repositório de cenas variadas, muitas delas inesquecíveis.
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Como é sabido, e hoje mais do que naqueles tempos, até um cão é obrigado a cumprir certas obrigações para com a lei (e ombrear com as custas ... ).
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Para libertar o Merdock era necessário pagar uma multa, obter uma licença para usar coleira, ter a respectiva chapa de identificação (uma espécie de cartão de identidade) e ser vacinado.
Relato apenas esta última circunstância (sem grandes preocupações de estilo).
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Foi em frente do antigo Matadouro, hoje Biblioteca Municipal, que o veterinário ministrou as vacinas ao cachorro.
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Num ápice, o homem viu-se rodeado por mais duma centena de liceais mais ou menos esgrouviados, mas ébrios de plenitude, ante a aproximação do momento tão desejado, muitos deles vestindo capa e batina.
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Fizeram espaço para uma roda e acotovelavam-se para assistir ao acto que permitiria o acesso à plena cidadania e liberdade do nosso herói. No fim desse acto quase litúrgico, um dos responsáveis pela manifestação, perguntou quanto era.
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Aí, o veterinário, a voz embargada ao olhar aquela pequena multidão frenética de briosos estudantes, disse que não era nada.
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Que também já fora jovem... usara capa e batina... estudara em Coimbra...
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De imediato soou um arrebatado éférrriá a vitoriar o veterinário e a sua afectuosa e desinteressada colaboração.
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E então não é que o homem chorou, lavado em lágrimas... como uma madalena!...
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Como é sabido, e hoje mais do que naqueles tempos, até um cão é obrigado a cumprir certas obrigações para com a lei (e ombrear com as custas ... ).
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Para libertar o Merdock era necessário pagar uma multa, obter uma licença para usar coleira, ter a respectiva chapa de identificação (uma espécie de cartão de identidade) e ser vacinado.
Relato apenas esta última circunstância (sem grandes preocupações de estilo).
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Foi em frente do antigo Matadouro, hoje Biblioteca Municipal, que o veterinário ministrou as vacinas ao cachorro.
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Num ápice, o homem viu-se rodeado por mais duma centena de liceais mais ou menos esgrouviados, mas ébrios de plenitude, ante a aproximação do momento tão desejado, muitos deles vestindo capa e batina.
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Fizeram espaço para uma roda e acotovelavam-se para assistir ao acto que permitiria o acesso à plena cidadania e liberdade do nosso herói. No fim desse acto quase litúrgico, um dos responsáveis pela manifestação, perguntou quanto era.
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Aí, o veterinário, a voz embargada ao olhar aquela pequena multidão frenética de briosos estudantes, disse que não era nada.
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Que também já fora jovem... usara capa e batina... estudara em Coimbra...
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De imediato soou um arrebatado éférrriá a vitoriar o veterinário e a sua afectuosa e desinteressada colaboração.
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E então não é que o homem chorou, lavado em lágrimas... como uma madalena!...
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E como haveria eu de ignorar
a frágil representação da inocência,
o puro êxtase dos ritmos da paixão?
7 comentários:
Que incrível Vieira Calado. Não conhecia este espaço e fiquei intrigada com a história do cão. Pelas fotos e placas comemorativas posso ver que não é ficção e isto é um elo que integra o passado e o presente! Adorei!
Beijo.
E como haveria eu de ignorar
a frágil representação da inocência,
o puro êxtase dos ritmos da paixão?
cito:
sou réu confesso.
O comenário feito em ASTRONOMIA era para ser feito neste espaço. Peço perdão pelo engano.
Um abraço. João
Como dá trabalho publicar um livro!
Nunca imaginei que fosse necessário dar tanta volta!
Isso justifica que só agora aqui venha, o que faço por gosto.
Pois quem me dera um veterinário assim! Quando levo o meus cão ao veterinário dele fica sempre lá uma nota preta :)))
Mas tem que ser. Nós também vamos ao médico quando é preciso... eles vão aos médicos deles.
Continuação de boa semana.
Beijinhos
Um veterinário assim, não se chamaria, por acaso, Dr. Cácima?
Parabéns pelo interessante blog.
Um abraço de uma "farense"
Tudo isto é amor
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