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O CÃO MERDOCK, NO TAPETE MAIS FOFO DO LICEU.
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Nota prévia: Neste texto são omitidos nomes de pessoas (até parece ficção, excepto o Merdock).
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Nota prévia: Neste texto são omitidos nomes de pessoas (até parece ficção, excepto o Merdock).
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-Naquele tempo, nos corredores de um liceu da cidade de Faro, passeava-se um senhor que se julgava todo poderoso e que, com aspecto grave e austero, dizia:
- Em defesa dos bons costumes e dos meus ideais, no liceu não entram cães rafeiros sem coleira ou açaime e, nem sequer os alunos mais graduados, ou da mocidade pró-gatesa, podem namorar nas suas instalações ou imediações.
O assunto dos namoros já foi referido, em termos mais explícitos, nos depoimentos anteriores (sem reacções discordantes ou desmentidos).
O assunto dos cachorros teve outro desenvolvimento. Quando vários jornais relevaram a generosa acção dos alunos do liceu, por terem libertado do canil um cão, de seu nome Merdock, e os alunos foram galardoados pela Sociedade Protectora dos Animais, o dito cujo senhor terá gostado dos elogios e passou a permitir que, o dito cujo cão, entrasse no liceu e se deitasse no fofo tapete colocado à porta do seu gabinete.
Alguns alunos, do grupo pró-Merdock, ainda se lembram de ter visto o dito senhor a alçar a perna, quando saía ou entrava no gabinete, para não perturbar o sono reparador do animal.
A memória desvanece-se com o tempo mas, ainda hoje, restam dúvidas sobre a natureza do Merdock. Seria um cachorro de índole amigável ou um animal feroz?
As narrativas que circulam a seu respeito poderão configurar simples branqueamento da estória ou pura ficção residual no imaginário de alguns estudantes...
-Naquele tempo, nos corredores de um liceu da cidade de Faro, passeava-se um senhor que se julgava todo poderoso e que, com aspecto grave e austero, dizia:
- Em defesa dos bons costumes e dos meus ideais, no liceu não entram cães rafeiros sem coleira ou açaime e, nem sequer os alunos mais graduados, ou da mocidade pró-gatesa, podem namorar nas suas instalações ou imediações.
O assunto dos namoros já foi referido, em termos mais explícitos, nos depoimentos anteriores (sem reacções discordantes ou desmentidos).
O assunto dos cachorros teve outro desenvolvimento. Quando vários jornais relevaram a generosa acção dos alunos do liceu, por terem libertado do canil um cão, de seu nome Merdock, e os alunos foram galardoados pela Sociedade Protectora dos Animais, o dito cujo senhor terá gostado dos elogios e passou a permitir que, o dito cujo cão, entrasse no liceu e se deitasse no fofo tapete colocado à porta do seu gabinete.
Alguns alunos, do grupo pró-Merdock, ainda se lembram de ter visto o dito senhor a alçar a perna, quando saía ou entrava no gabinete, para não perturbar o sono reparador do animal.
A memória desvanece-se com o tempo mas, ainda hoje, restam dúvidas sobre a natureza do Merdock. Seria um cachorro de índole amigável ou um animal feroz?
As narrativas que circulam a seu respeito poderão configurar simples branqueamento da estória ou pura ficção residual no imaginário de alguns estudantes...
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TóZé Brito (finalista, no princípio dos anos 60)
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