O LADRAR DO MERDOCK

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Não se assustem com o ladrar do Merdock.
Ele só embirra com polícias, guardas fiscais,
guardas republicanos e outras fardas!...



sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O PIROLITO

GARRAFAS DE PIROLITOS
Na época do Merdock, o pirolito era das poucas bebidas engarrafadas que existiam no país. Na classe das bebidas não alcoólicas, pouco mais havia, para além de gasosas e laranjadas, todas elas gaseificadas artificialmente. Custava uns dez tostões numa taberna e uns doze, num café. Além da água, continha ácido cítrico, gás carbónico e pouco mais.

O pirolito, muito popular entre os mais jovens, tinha uma particularidade interessante.

A garrafa não tinha uma rolha, propriamente dita. Para cumprir a mesma função havia um berlinde que vedava a saída do líquido e do anidrido carbónico. O berlinde era fortemente empurrado, pela pressão do gás, contra um anel de borracha que se encontrava no gargalo da garrafa. Para abrir, bastava um pauzinho e uma pancada, de modo a romper a pressão.

Para os mais novos, contudo, o mais importante não era a bebida, mas sim o berlinde. Era muito procurado e custava dois tostões, em vez do tostão que custavam os outros.

Depois vieram bebidas estrangeiras, mais caras, com rótulo reluzente e nome estrangeirado (uma delas a imitar o gosto do pirolito), mas sem lhes chegar aos calcanhares. E, como quase sempre assim tem sido, o pirolito foi destronado!...

15 comentários:

Unknown disse...

já não sou do tempo dos pirolitos, mas conheço muito bem a garrafa, pois na vila onde estudava havia uma casa abandonada por onde entravavamos furtivamente onde havia garrafas e mais garrafas,para roubarmos o dito berlinde mas já sem conteudo,

Gata Verde disse...

Espectacular!
Ainda me lembro disso...estarei a ficar cota?

Beijinhos e bom Domingo

Paula Crespo disse...

A minha memória dos pirolitos é a posteriori, mas ainda vi umas garrafitas, bem giras, por sinal.

Teté disse...

Xi, pá, como é que pode ser? Não me lembro nada de ver uma garrafa de pirolito, muito menos de experimentar...

E eu não tenho dúvidas que já sou cota!

Boa semana para ti!

Desigual disse...

não conhecia o pirolito... mas gostei da história... ::)

um bom dia:D

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
[A] disse...

Obrigada pela visita, mas por aqui aprende-se ainda e muito mais!
Já tinha ouvido falar nos pirolitos, mas desconhecia-lhes, por completo, as características.

Anónimo disse...

Quando miúdo bebi muitos pirolitos. Até havia com sabores diferentes.
Também os procurava para arranjar uns berlindes.
Poderei dizer ainda que, talvez pela chegada das bebidas estrangeiradas, o principal produtor de pirolitos do Algarve teve que fechar a fábrica e imigrar para os Estados Unidos.
FVFP
Nota: E como a vida dá muitas voltas, acabei por casar com uma das filhas.

Germano Viana Xavier disse...

Muito interessante esta história. nuca vi nada parecido com esta garrafa sem tampilha. Vivendo e aprendendo...

Continue nos presenteando com sua vivência, meu amigo...

Abraços do caçula Xavier.
Apareça!!!

Rafeiro Perfumado disse...

Lembro-me, tal como me lembro de um refrigerante, sem corantes nem conservantes, que se vende no Buçaco, por não ser possível enviar para muito longe. Felizmente ainda existe!

Bordadosdabibi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bordadosdabibi disse...

Guardo em minha casa uma garrafa de pirolito como recordação.

Anónimo disse...

Olá,
Em 1965 a minha mãe visitou Portugal e trouxe uma garrafa de "pirolito". Realmente é muito interessante o processo de fechamento da bebida. Temos esta garrafa até hoje em perfeito estado de conservação!
Abraços,
Maria José.

Anónimo disse...

Gostei mt de ver o vosso blog, tenho muita curiosidade em ver uma garrafa de pirolios desde nova, uma vez que o meu avô tinha uma fábrica no Alentejo onde fabricava os famosos pirolitos (apesar de não ter sobrado nenhuma garrafa!)

B&A

Anónimo disse...

fixe meu

Merdock era um cão singular
e deu origem, em Faro,
a uma extraordinária
manifestação de solidariedade
que culminou na sua libertação.
Aqui se relembram
os factos e as personagens
envolvidas.
Veja também o meu blog de poesia