
O pirolito, muito popular entre os mais jovens, tinha uma particularidade interessante.
A garrafa não tinha uma rolha, propriamente dita. Para cumprir a mesma função havia um berlinde que vedava a saída do líquido e do anidrido carbónico. O berlinde era fortemente empurrado, pela pressão do gás, contra um anel de borracha que se encontrava no gargalo da garrafa. Para abrir, bastava um pauzinho e uma pancada, de modo a romper a pressão.
Para os mais novos, contudo, o mais importante não era a bebida, mas sim o berlinde. Era muito procurado e custava dois tostões, em vez do tostão que custavam os outros.
Depois vieram bebidas estrangeiras, mais caras, com rótulo reluzente e nome estrangeirado (uma delas a imitar o gosto do pirolito), mas sem lhes chegar aos calcanhares. E, como quase sempre assim tem sido, o pirolito foi destronado!...