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O PREÇO DOS LIVROS
Uma pausa no conteúdo do blog, para falar de livros e edições.
Os livros, tal como as coisas se apresentam, não podem prescindir das livraras. No entanto, os custos são incomportáveis, se considerarmos pequenas edições, de autores desconhecidos ou pouco conhecidos. Essas edições são pequenas, e os custos aumentam, por unidade, à medida que desce o números de exemplares dados à estampa.
Para chegar à livraria, há dois caminhos: uma distribuidora, ou o próprio autor a colocar os seus livros. As distribuidoras (muitas vezes duvidosas) cobram entre 30 e 40% sobre o valor do livro, enquanto que as livraria cobram mais uns 25, 30, ou mais por cento, sobre o preço de capa. O pobre do autor não terá possibilidade de colocar ele mesmo, os seus livros, a não ser em livrarias do local onde viva, e pouco mais.
Acresce dizer que muitos livreiros não aceitam pura e simplesmente livros “à consignação”, destes autores.
Começa a vislumbrar-se a possibilidade da colocação de livros à disposição do leitor, na INTERNET. É o que estou a fazer (pela primeira vez) com o livro “Merdock”, e até me posso “dar ao luxo” de oferecer um outro livro (“Como um Relógio de Areia” – poesia), a quem pretender este. Dois livros por 5 euros é menos do que eu teria de pagar a livreiro e distribuidora, não sendo certo que, no fim, recebesse deles, fosse o que fosse pelos livros vendidos. Aconteceu-me mais que uma vez.
Também tenho recebido vários pedidos de confrades brasileiros. Mas os portes, para o Brasil, são quase tanto como o valor do livro. E depois, para efectuar o pagamento, será necessário transferência bancária que custa outro tanto, mais o tempo perdido lá e cá, para enviar o dinheiro e o receber. E este é apenas um aspecto da política de intercâmbio cultural, entre os países lusófonos, tão propalada como necessária, pelos nossos dirigentes.
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3 comentários:
É um negócio complicado, o dos livros... E é pena. Sobretudo neste caso, com o livro "Merdock"!!
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Sabe que escrevi sobre isso há um tempo atrás no meu blog?
Aqui no Brasil (será que ninguém parou pra pensar?) o preço de um bom livro pode chegar até 10% do valor do salário mínimo.
Culpa de quem? Dos leitores que não lêem ou das editoras que não deixam?
Abraço!
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Vieira, como é difícil ser um escritor nesse planeta,... não é?
Sou um "pretenso" autor brasileiro, escrevo há muitos anos, tenho 10 livros escritos e guardados; não se consegue editora.
Por que será que as editoras somente querem publicar nomes famosos. Como saber se nós, os que nunca publicamos, somos bons?
Tudo bem que editora é um negócio como outro qualquer, mas chega a ser humilhante como as editoras nos tratam.
Juro, se um dia, por sorte ou azar, conseguir que meus livros sejam conhecidos, não deixarei as editoras nem lerem meus livros, tentarei proibir por "lei moral".
Para isso, já estou tomando providências, estou abrindo uma editora, pequena, mas honesta.
Agora sei que é tão difícil ser escritor, tanto aqui no Brasil como aí na sua terra querida!
Um abraço!
I. Boris Vinha - Um pretenso autor.
mercanter@uol.com.br
ramati.sirob@hotmail.com
http://iborisvinha.spaces.live.com
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