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Na página anterior fizemos referência à malfadada licença de isqueiro e ao famigerado bilhete de gare.
Em relação a este último, cumpre dizer que a obrigatoriedade de comprá-lo para entrar numa gare, para qualquer um se despedir dum amigo ou ajudá-lo a levar as malas, teve repercussões directas relacionadas com o Merdock.
Quando o Vidal, o mentor e melhor amigo do cachorro, rumou a outras paragens para prosseguir os estudos, uma multidão de estudantes do Liceu (e também da Escola!), foi despedir-se dele à estação. E isso deveu-se ao facto de ter sido o Vidal o principal responsável pela manifestação que saiu do Liceu exigindo LIBERDADE para o Merdock. Ninguém esqueceu essa jornada gloriosa em que os moços estudantes afrontaram a autoridade do próprio Estado.
Quando chegaram à estação, romperam pela gare adentro sem adquirir bilhete. Gerou-se grande confusão e alarido, com os funcionários da C.P. a exigir o bilhete e os alunos a gritar eférriás e a apupar os ditos. Ninguém obedeceu. O espírito que presidira à manifestação, prevaleceu. Nada já era do que fora. Nem nestas, nem noutras situações. Os jovens davam um grande passo em frente, em matéria de consciencialização e respectiva contestação aos ditames do Estado Novo. E, como disse Lina Vedes na sua excelente anterior postagem:
VALEU-LHES AS FUGAS ÀS REGRAS!!!!
TODOS OS RAPAZES E RAPARIGAS EXPOSTOS A ESTA EXPERIÊNCIA SAÍRAM
BOAS PESSOAS
Em relação a este último, cumpre dizer que a obrigatoriedade de comprá-lo para entrar numa gare, para qualquer um se despedir dum amigo ou ajudá-lo a levar as malas, teve repercussões directas relacionadas com o Merdock.
Quando o Vidal, o mentor e melhor amigo do cachorro, rumou a outras paragens para prosseguir os estudos, uma multidão de estudantes do Liceu (e também da Escola!), foi despedir-se dele à estação. E isso deveu-se ao facto de ter sido o Vidal o principal responsável pela manifestação que saiu do Liceu exigindo LIBERDADE para o Merdock. Ninguém esqueceu essa jornada gloriosa em que os moços estudantes afrontaram a autoridade do próprio Estado.
Quando chegaram à estação, romperam pela gare adentro sem adquirir bilhete. Gerou-se grande confusão e alarido, com os funcionários da C.P. a exigir o bilhete e os alunos a gritar eférriás e a apupar os ditos. Ninguém obedeceu. O espírito que presidira à manifestação, prevaleceu. Nada já era do que fora. Nem nestas, nem noutras situações. Os jovens davam um grande passo em frente, em matéria de consciencialização e respectiva contestação aos ditames do Estado Novo. E, como disse Lina Vedes na sua excelente anterior postagem:
VALEU-LHES AS FUGAS ÀS REGRAS!!!!
TODOS OS RAPAZES E RAPARIGAS EXPOSTOS A ESTA EXPERIÊNCIA SAÍRAM
BOAS PESSOAS
5 comentários:
Uauff para o Vidal!
Não posso estar mais de acordo com as últimas palavras do artigo.
A unidade existente contra a prepotência estúpida e arrogante do poder do Estado Novo foi algo que ainda se não recuperou, nem pouco mais ou menos.
A malta de hoje não tem alvo comum contra o qual lutar. Infelizmente. oos valores da solidariedade e do trilhar caminhos comuns perdeu-se.
E que bom seria, hoje, sentir de novo que o poder teme os estudantes e que o povo vê neles um baluarte forte na defesa dos seus direitos de cidadania...
Tive muito prazer em deixar aqui o meu comentário.
Um abraço.
Estou grato ao Van Dog.
Naquele tempo,os jóvens estudantes
afirmaram possuir o direito de cidadania. Senti que o respeito pelo "melhor amigo do homem" também melhorou através da "saga" do Merdock.
Adorei! A história, a escrita e o herói!
Abraço
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