O LADRAR DO MERDOCK

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(em cima)


Não se assustem com o ladrar do Merdock.
Ele só embirra com polícias, guardas fiscais,
guardas republicanos e outras fardas!...



segunda-feira, 29 de agosto de 2011

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A saga do Merdock foi um repositório de cenas variadas, muitas delas inesquecíveis.
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Como é sabido, e hoje mais do que naqueles tempos, até um cão é obrigado a cumprir certas obrigações para com a lei (e ombrear com as custas ... ).
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Para libertar o Merdock era necessário pagar uma multa, obter uma licença para usar coleira, ter a respectiva chapa de identificação (uma espécie de cartão de identidade) e ser vacinado.
Relato apenas esta última circunstância (sem grandes preocupações de estilo).
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Foi em frente do antigo Matadouro, hoje Biblioteca Municipal, que o veterinário ministrou as vacinas ao cachorro.
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Num ápice, o homem viu-se rodeado por mais duma centena de liceais mais ou menos esgrouviados, mas ébrios de plenitude, ante a aproximação do momento tão desejado, muitos deles vestindo capa e batina.
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Fizeram espaço para uma roda e acotovelavam-se para assistir ao acto que permitiria o acesso à plena cidadania e liberdade do nosso herói. No fim desse acto quase litúrgico, um dos responsáveis pela manifestação, perguntou quanto era.
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Aí, o veterinário, a voz embargada ao olhar aquela pequena multidão frenética de briosos estudantes, disse que não era nada.
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Que também já fora jovem... usara capa e batina... estudara em Coimbra...
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De imediato soou um arrebatado éférrriá a vitoriar o veterinário e a sua afectuosa e desinteressada colaboração.
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E então não é que o homem chorou, lavado em lágrimas... como uma madalena!...
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E como haveria eu de ignorar a frágil representação da inocência,
o puro êxtase dos ritmos da paixão?

sábado, 13 de agosto de 2011

CARTÃO DE IDENTIDADE

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Pela módica quantia de 2 escudos, o Merdock adquiriu a chapa de matrícula, para para ser colocada na coleira e poder circular, no país. Menos que um maço de tabaco que, creio, custava 29 tostões!
Merdock era um cão singular
e deu origem, em Faro,
a uma extraordinária
manifestação de solidariedade
que culminou na sua libertação.
Aqui se relembram
os factos e as personagens
envolvidas.
Veja também o meu blog de poesia